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quarta-feira, 3 de junho de 2015

Põe na conta do treinador.........................................Bira Ramos
A derrota do Águia de Marabá, em casa, contra o Vila Nova (GO), por 2 a 1, de virada, nos acréscimos, pela terceira rodada da Série C, e que deixou o time marabaense na entrada da Zona de Rebaixamento, acende o sinal de alerta para o time local, que nas duas últimas edições da competição, só escapou do rebaixamento na última rodada, sendo uma com vitória nos últimos minutos do jogo, com gol de Wando; e outra ao vencer o adversário no apagar dos refletores com tento anotado por Luis Fernando.
Apesar de ainda estarmos apenas no início do torneio que soma dezoito rodadas, o Águia precisa reagir logo, porque só somou dois pontos em nove disputados.
Porém, é preciso que o treinador João Galvão pare de agir como torcedor durante os jogos, e comece a exercer seu importantíssimo papel de comandante, dominando a emoção e, principalmente, analisando e estudando o adversário, como faz qualquer treinador que entenda o mínimo de futebol.
Nesta derrota para o Vila Nova, o Águia vencia por 1 a 0, num jogo em que o goleiro aguiano Paulo Rafael era o destaque da partida (o que prova que o atuava melhor que o Águia na partida), no entanto, a quinze minutos do final do embate o treinador aguiano tirou o lateral Edinaldo, que vinha bem no jogo, para colocar o atacante Wando, improvisando na lateral esquerda o limitado meia Liniker (Madson é muito melhor).
Resultado: o Vila Nova empatou o jogo, deixando visível o equívoco cometido pelo treinador marabaense, que, no desespero, tirou o lateral Ari e colocou o atacante Danúbio, fragilizando ainda mais a defesa aguiana. E como não poderia ser diferente, o Vila Nova fez o gol da virada nos acréscimos, cofirmando a célebre frase do técnico são-paulino Muricy Ramalho que diz: “a bola pune”. Essa derrota pode ser colocada na conta do treinador.
Como João Galvão sabe o potencial dos atletas que tem, e sabe muito bem o que tentou fazer, entretanto, sem sucesso.
Numa competição importante como essa, o Águia, que já não disputa o Parazão há dois anos, enquanto times de menor expressão como Paragominas, Cametá e Independente já foram campeões, deve treinar muito, se atentar a todos os detalhes, e principalmente, corrigir todas as falhas, para ganhar jogos, somar pontos e pelo menos, fugir do rebaixamento.
A existência do time aguiano depende muito do seu rendimento nesta Série C, haja vista as dificuldades encontradas pelo clube para disputá-la, pois até poucos dias antes do início da mesma o Águia não sabia se disputaria ou não torneio, fato que só possível graças aos patrocínios do Governo do Estado, Prefeitura de Marabá, patrocinadores masters e 50 abnegados, que vão colaborar com R$ 1mil cada um durante o torneio.
Neste meio inclui-se ainda os deputados João Chamon Neto e Dirceu Tem Caten, que destinaram emendas ao time aguiano, e ainda estão articulando mais apoio junto a outros parlamentares.
O que não pode continuar acontecendo, são as falhas infantis na escalação e substituição de jogadores no time azulino, sob pena de queda para a Série D do ano que vem.
Com essas palavras, não pretendo ofender ao competente treinador, e sei que posso desagradar muita gente (não tenho a tola pretensão de agradar a todos), mas com certeza estou ajudando alertar enquanto há tempo, pois não podemos ficar as últimas rodadas para poder reagir. (Bira Ramos é radialista DRT 1017-PA e blogguer)