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terça-feira, 26 de julho de 2011

Contusão no adutor é rotina no Águia

Motivos que me levaram
a publicar essa matéria
Essa matéria foi elaborada em virtude das recentes contusões sofridas por atletas do Águia de Marabá, que sempre são acometidos da mesma contusão. Nos últimos dias cinco atletas foram vítima dessa contusão: Cleuber, Alan Taxista, Vander, Analdo e Danilo Goiano.
Distante de querer avaliar o trabalho que está sendo desenvolvido pela comissão técnica aguiana, porém, não é demais ressaltar que em 2008, quando o Águia ficou em quinto lugar na Série C, com um grupo reduzido de apenas 23 jogadores, cujo preparador físico era João Alves Primo, nenhum atleta sofreu esse tipo de lesão, e o que é melhor, o time azulino sempre jogava melhor que os adversários no segundo tempo, numa demonstração de excelente preparação física, ao contrário de hoje.
Aliás, Primo é que tem auxiliado o fisioterapeuta Gustavo (fisioterapeua do Águia) na recuperação dos jogadores aguianos que foram vítimas desse tipo de contusão.

Causas da contusão
Essa contusão, normalmente, é proveniente da sobrecarga de treinamentos, e tem sua recuperação mais demorada se o contundido tiver ‘foco dentário’, ou seja, problema da dentição.
Outro fato que provoca constantemente esse tipo de contusão é a falta de fortalecimento desses músculos, assim como excesso de carga com exercícios direcionados.

Os músculos posterior (face posterior da coxa) e o adutor (face inferior da coxa) devem ser fortalecidos sempre; sob pena de o atleta ser acometido de contusões constantes nos mesmos.
A palavra do especialista
Lesão de Adutores e Tendinite
Quem corre sabe da contribuição que os músculos trazem ao corpo inteiro durante a prática do esporte. Além do trabalho de sustentação do joelho, alguns músculos das pernas, mais especificamente das coxas, também agregam a função de estabilizadores do quadril.

Os músculos adutores, localizados na parte interna da coxa, têm a função de fazer a adução do quadril, ou seja, o movimento de fechamento das pernas. “Esses músculos com os ísquios tibiais são os principais responsáveis pelo movimento da pélvis e têm a função de estabilização do quadril durante a corrida”.

Outra mecânica que os músculos são atuantes, nesse caso em menor intensidade, é o da amplitude da passada. A execução do movimento deve ser bem apurada para que a sustentação do joelho se faça por meio de força e resistência. “Apesar de não ser o músculo principal da amplitude da passada, os adutores auxiliam no trabalho para o movimento fluir mais naturalmente”.

A intensidade da força, a velocidade e o posicionamento do corpo para alcançar o movimento preciso durante a corrida podem prejudicar a musculatura durante o percurso. O estiramento dos adutores, que reflete em fisgadas agudas na virilha, pode ser causado pelo falta de alongamento da região. “A lesão pode acontecer quando o atleta não possui muito alongamento muscular ou também quando ele não está muito aquecido antes do treinamento ou da prova”, por isso um bom alongamento e um aquecimento antes de qualquer atividade fisica são fatores primordial para manutenção de uma boa atividade fisica.

A maneira como caminhamos ou corremos também pode estimular para o estiramento muscular dos adutores. O mal funcionamento biomecânico da estrutura pélvica, mecânica correta de caminhar e dos movimentos esportivos, pode ser o causador de lesões. “Um exemplo disso é quando um atleta possui um lado do adutor mais retraído do que o outro. Isso pode causar o estiramento ou mesmo o encurtamento do músculo”.

Cerca de 10% a 20% dos esportistas brasileiros são acometidos com o estiramento nos adutores, as famosas fisgadas na virilha.

Tipos de lesões
As lesões, que também pode ocorrer com a abertura extrema da perna ou em momentos de alta velocidade e movimento brusco durante a largada de uma corrida são classificadas em três graus. “Na lesão de 1º grau acontece somente o estiramento do músculo. Já na de 2º, parte do músculo sofre uma ruptura e, na de 3º grau, os adutores rompem-se completamente”.

Dependendo do grau da lesão, o corredor ou atleta em geral pode ficar até seis semanas sem fazer nenhuma atividade física. “Em estiramentos de 2º grau, o atleta pode ficar durante semanas afastadas dos treinos. Enquanto que uma lesão mais profunda, de 3º grau, o atleta pode até ter de passar por uma intervenção cirúrgica”.

Prevenção e tratamento
Para evitar dores agudas e problemas crônicos, como a inflamação do púbis (Pubeites) é necessário adicionar cuidados extras à rotina de treinamento sendo recomendado: “fortalecimento muscular regular, dando prioridade para os exercícios de propriocepção, prática terapêutica, além dos tradicionais de força e resistência”. Além disso, é fundamental fazer um bom aquecimento antes de começar a atividade fisica, pois, assim, você prepara o corpo para receber o impacto do esporte.

Em paralelo à execução de exercícios físicos, aconselha se o uso de técnicas como Fisioterapia osteomusculares e, posteriormente, RPG: “É a partir da correção das simetrias da cintura pélvica que o estiramento deixa de acontecer. O trabalho multidisciplinar feito em conjunto com um fisioterapeuta e o treinador do atleta também ajuda a prevenir esse tipo de lesão”.

O estiramento pode ser tratado ainda com técnicas especificas de fisioterapia, como analgesias, eletroterapia, ou ainda com gelo no local e repouso. “O atleta que faz acompanhamento fisioterapico tem chances mínimas de sofrer lesões musculares”.

Por isso sempre recomenda se realizar tratamento e acompanhamento Fisioterapico preventivamente assim como tratamento especializado quando já se tem os sintomas de estiramentos ou tendinites. A Hidroterapia representa uma excelente atividade na reabilitação de atletas de ponta como jogadores de futebol.

Por isso na Global Fisio , clinica de Fisioterapia, Hidroterapia, RPG e Pilates a preocupação com a melhora de cada paciente é prioridade para satisfazer o atendimento a cada paciente. (Anderson Kirihara - Fisioterapeuta, formado pela Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE desde 2001, atuo na aréa da Fisioterapia Geral, Pilates Hidroterapia e Fisioterapia Esportiva. Trabalha com Futebol e Canoagem. É proprietario da Global Fisio, clinica de Fisioterapia em Foz do Iguaçu- PR).