D E S A B A F O
Para cronistas, desportistas e torcedores é muito difícil esse momento pelo qual passa o esporte de Marabá, que somente no mês de maio viu a Liga Esportiva de Marabá receber a sua parcela no convênio firmado ano passado pela PMM.
O Campeonato deste ano não deve acontecer em função da falta de dinheiro (Convênio com a PMM)
A Seleção de Marabá só está disputando a Copa ‘Sul’ do Pará pelo fato da ex-secretária de esportes Elza Miranda ter doado os recursos à Lemar ainda no ano passado.
Os eventos esportivos de Verão não aconteceram este ano sob o pretexto da falta de recursos financeiros.
As seleções municipais de esportes de quadra, além de atletismo, xadrez e tênis de mesa, ficaram órfãs de apoio financeiro para representar esta 'rica' cidade durante os Jogos Abertos, do qual Marabá é o atual campeão geral.
O campo de Morada Nova que é público só é utilizado pelas categorias menores smediante pagamento de taxa para esse ou aquele fulano.
O ‘Espaço Verde’, Piçarrão, mesmo sendo público, é utilizado por meia dúzia de parceiros da entidade que se sente ‘dona’ do campo construído e mantido com dinheiro público, inclusive o meu.
O estádio Zinho Oliveira, que é público, construído, reformado e mantido com o dinheiro do povo, só serve ao time ‘profissional’ do Águia de Marabá, mesmo contra a Lei Orgânica do município, que estimula o investimento no esporte amador e de inserção social. Times de base para atuar no estádio têm de pagar. E é caro!
Por outro lado 1ª e 2ª divisões ganham para jogar no estádio. Veteranos não pagam, times de secretarias não pagam, times femininos não pagam, times de acochambrados (como dizem no quartel) também não pagam. Aliás, só quem paga para jogar no estádio são as categorias de base, que atuam como instrumento de inserção social, e que de uma ou de outra forma agem na formação das crianças e adolescentes locais. Eu mereço!
Faço esses registros que são só alguns dos que tenho em arquivo, pelo fato de termos visto recentemente o Brasil, nos decepcionar nas Olimpíadas de Londres, cujo fato exige o máximo de investimento no maior patrimônio das cidades, estados e país: o povo.
Esses trilhões de dólares que estão investindo em infra-estrutura para recebermos a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, só terão justificativas plausíveis se tivermos atletas preparados para nos representar a contento, competindo em igualdade de condições com nossos adversários.
Ao expressar minha insignificante opinião, não quero ofender quem quer que seja, mas alertar nossos dirigentes, políticos, administradores de praças esportivas, cronistas, desportistas e torcedores para necessidade de nos unirmos em torno desta paixão chamada ESPORTE.
Para finalizar queria pedir, solicitar, até mesmo implorar que qualquer que seja os candidatos vencedor na próxima eleição à Prefeitura de Marabá, e à Câmara Municipal, que direcionem às pastas esportivas e praças de esportes pessoas que conheçam da área, e que tenham vivido na pela as dificuldades que cada segmento impõe. Ja chega de sofrermos.
