Pense num jogo ruim......................Bira Ramos
Confesso que há muito tempo eu não assistia a um jogo profissional tão fraco, tecnicamente, como na partida entre Águia e Gavião, cujo espetáculo (o quê mesmo?) teve o ingresso, absurdamente, cobrado ao preço de R$ 30,00 e R$ 15,00, numa disputa de Seletivo, ou seja, ‘Caça Níquel’ da Federação Paraense de Futebol, cujo torneio não serve para mais nada além de beneficiar com o retorno à Elite do Parazão, times que por incompetência própria conseguiram a façanha de ser rebaixados, e que deveriam disputar a Segunda Divisão, ao invés desse torneiozinho de araque.
Enquanto isso, o duelo entre Joinvile e Paysandu custou apenas R$ 20,00, em partida válida pela Série B do Brasileirão.
Pior, que tudo isso, foi ver o famoso e valorizado time aguiano, que segundo seus dirigentes é reconhecido nacionalmente, mandar a campo dois jogadores com a camisa de mesmo número. Senão vejamos: Wando e Daniel jogaram com camisas 17, enquanto o meia Valdanes, que substituiu o atacante Danilo Galvão, em mais uma improvisação do treinador da equipe, entrou com uma camisa de número 19, cujo 9 era oriundo de um quatro e que foi grosseiramente alterado.
Lembrei-se do Sub-20 do Águia, o qual eu comandei em 2001, durante a Copa Centro Oeste da categoria, disputada em Anápolis (GO) e Goiânia (GO), que utilizou dois jogos de uniformes, um azul e outro branco, sendo os dois com numerações remendadas.
Mas, apesar do pouco investimento, o time Sub-20 ainda ficou na terceira colocação, à frente de: Atlético Goianiense (4º), Anápolis (5º), Goiás (6º), Goiânia (7º), entre outros. Ah, o campeão foi o Vila Nova, enquanto o Jataí ficou com o segundo lugar.
Tomara que a recém-criada escolinha do Águia tenha melhor sorte, no tocante a investimentos.
Acho que o torcedor de Marabá merece mais respeito, tanto no que tange a qualidade no espetáculo, pelo qual para muito caro, como pela parte organizacional da contenda, aonde os preliantes devem, no mínimo, zelar pelo bom andamento do entretenimento, por eles oferecidos ao público; leia-se consumidor.
Por parte do Águia os jogadores se arrastavam em campo, num eminente desgaste físico, talvez provocado pelos 20 jogos da Série C, enquanto os adversários ‘voavam’ em campo, por estarem melhor fisicamente, fato que se deve ao melhor preparador físico do Pará, João Alves Primo.
Enquanto Aru abusava de perder gols, Danillo Galvão, muito bem marcado, não reeditava suas boas atuações. Se Luís Fernando foi bem jogo, tendo feito o gol aguiano, até porque não tinha outro meio-campo para ser escalado em seu lugar, Paulinho 47, visivelmente gordo, começou a andar em campo a partir dos 15 minutos do segundo tempo, foi quando entrou Thiago Marabá, que já provou que não pode ficar de fora desse time.
Resta esperar que os dois times estejam mais inspirados nos próximos jogos, e não adianta vir com desculpa esfarrapada que os times precisam adquirir conjunto, por ambos estão vindo de competições recém encerradas.
Ah, somente para não passar em branco: Luís Fernando, Danilo Galvão, Carlinhos e Wando jogaram pelo Águia; enquanto: Aru, Waitwai, Gil Pica Pau e Thiago Marabá, pelo Gaviões; e esses foram os jogadores locais que atuaram pelos dois times, e, aliás, todos eles foram bem, fato que me faz imaginar que mais atletas locais precisam ter mais oportunidades, tais como: Roberth Maykinho, do Águia; e Jhone, do Gavião.
Aliás, nunca entendi porque o Balão Marabá foi dispensado do Águia para manutenção do meia Carlinhos, que agora ainda não disse o que veio fazer (Bira Ramos – Radialista DRT 1017- Treinador de futebol de base e bloguer)
