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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Artigo

Artigo
Salada de Parazão, Cametá e Águia...................(Bira Ramos)
Um raio não cai no mesmo lugar duas vezes, certo?
Errado!
Contrariando a lógica, e expectativa da maioria dos cronistas, desportistas e torcedores paraenses, inclusive minha, o Cametá (com apenas cinco anos de existência) e com um ‘sucatão’ de jogadores regionais tornou-se o segundo time do interior a conquistar o título mais importante do futebol do Pará nas últimas 100 edições do Campeonato Estadual, o primeiro foi o Independente de Tucuruí, ano passado.
Levando em consideração a grande insignificância da minha opinião, quero dizer que; essa conquista do Cametá, a segunda do interior em dois anos, nos remete a duas situações difíceis de assimilar, mas fáceis de detectar.
Primeiro, que qualquer time com folha inferior a R$ 100 mil, com o mínimo de competência, e com coragem para não amarelar na hora decisiva, pode chegar ao título estadual, ou nacional, como mostrou o São Raimundo, de Santarém, ao conquistar a Série D, em 2009.
E segundo, que diferentemente do que alguns afirmam, o Águia de Marabá precisa contratar melhor, senão vejamos:
O presidente aguiano (dizem que em exercício, mas continua mandando e representando o clube, inclusive na CBF) afirma que o time, nesta temporada, contratou jogadores desconhecidos, e que eles deram certo. Talvez ele esteja certo, vai ver fui eu quem viu outros jogadores em campo.
Senão, vejamos; desconhecidos vieram somente Valdanes, que foi muito bem, inclusive é titular do time; e Wagno ou Wegno sei lá o nome, ele nunca jogou mesmo, foi até dispensado por ruindade no meio do campeonato, e após entrar num jogo e entregar dois gols.
Miro, atabalhoado e brigão; entrou em um jogo e não foi mal, mas não ganhou a confiança do treinador, mesmo tendo entrado num momento em que o goleiro titular levava um frango atrás do outro.
Sató, não fez mais que correr e levar cartões desnecessários nos poucos minutos em que entrava. Não deve ter ganhado a confiança do treinador que chegou a improvisar Flamel no ataque, mesmo tendo ele à disposição.
Hallace também não tem muito que comemorar, pois não jogou, aliás, nem teve chance de mostrar seu potencial.
Alexandre Carioca, fora o episódio daquele jogo contra o Remo, no lance da briga, ainda não justificou o salário que ganha, e olha que nem sei quanto é. Aliás, alguém sabe? Então deixa!
Bernardo, que gosto muito de vê-lo jogar, talvez pelo enorme tempo sem atuar, não atuou como antes, mas será muito útil na Série C.
Os demais são aqueles jogadores que nós já conhecemos, competentes, mesmo com suas limitações.
Alan alternou altos e baixos; Júlio Ferrari, tem muita qualidade, mas bateu de frente com o poderoso chefão; Charles fez seu melhor campeonato pelo Águia, talvez seja a experiência chegando; Roberto, incrível vigor físico, tem melhorado muito tecnicamente; Edkléber, apesar dos limites que a idade impõe, se saiu muito bem; Rayro, foi irresponsável no episódio do acidente, mas em campo, na parte ofensiva foi ótimo; na defensiva meu Deus!; Mocajuma, excelente aquisição, vai lutar pela camisa 6 na Terceirona; Analdo, não tem mais o vigor físico de antes, mas aprendeu os atalhos do campo; Diogo, é um misto de força, técnica e experiência; Flamel, foi o melhor do time na temporada; Diego Biro, alterna belos toques com desatenção e falta de preparo físico (uma pena); Marquinhos, segundo melhor jogador do time na temporada, e o mérito foi do Roberto Ramalho, que deu a ele um preparo físico que ele nunca teve antes; Valdanes, habilidoso e guerreiro, foi bem a competição inteira, só precisa deixar de prender a bola e aprender a erguer a cabeça; Wando, este foi uma arma do time aguiano, e será uma das referências na Série C; Branco, dispensa comentários, até nos jogos que vai mal e não marca gols, ele compensa com a bravura digna dos jogadores que honram o salário que ganham.
Roberto Ramalho: muito contestado por alguns (inclusive eu) e elogiado por muitos outros, ele está aprendendo a seguram seu ímpeto diante da adrenalina que o esporte nos proporciona, e no que tange a preparação física, fez o que quis com seus atletas, que fisicamente deram muito trabalho aos adversários, apesar de ter tido tempo exíguo para entre o início da preparação e da competição. Parabéns!
Por coincidência ou não, e sem querer ser injusto, mas o melhor momento do Águia na competição; foi justamente quando o treinador desmontou sua base de confiança, e foi obrigado a improvisar o time inteiro, inclusive chegando a levar apenas quatro jogadores no banco, devido a expulsões, suspensões e contusões. Ou seja, o acaso, escalou o time melhor que o técnico.
Por outro lado, numa das poucas chances em que resolveu valorizar a ‘prata da casa’, o Águia detectou o talento de Jhone, Luís Fernando e Maykinho, este último até o nome mudaram. kkkkk
Ah, tem muito mais garotos de qualidade aqui na região.
Apesar do pouquíssimo dinheiro que o Águia alega ter desde a sua criação, bem que o time poderia contratar Sinomar Naves, bicampeão paraense consecutivo, e melhor treinador do Estado do Pará; para ser uma espécie de superintendente de futebol, para emprestar sua competência ao time aguiano, e ensinar o ‘caminho das pedras’ ao esforçado João Galvão.