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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Oh meu, chega de desulpas, vamos mudar

ARTIGO
Desculpas que não colam mais..................Bira Ramos
 
É no mínimo vergonhoso, alguém ir para a imprensa dizer que o Gavião Kiykatêjê comprou a equipe do Independente, de Tucuruí, que teve a chance de vender muito mais caro, para o Remo (no caso da vaga para a Copa do Brasil) e para o Paysandu, naquela final, que o time da Energia ganhou e não o fez. Pelo contrário, meu amigo Rosalvo Afonso, diretor de futebol do Independente, barrou o goleiro titular do time, na decisão, apenas por suspeita de suborno, e acabou campeão. O goleiro, dias depois, se apresentou ao Paysandu.
Ir para a Imprensa dizer que o Independente se vendeu, é, no mínimo, ‘jogar para a torcida’, e soa como desculpa esfarrapada, de quem não teve competência para somar seus próprios pontos; tendo sido goleado duas vezes consecutivas por times medianos, que, nesta atual conjuntura, estão mais para times pequenos, do que para medianos. Eu mereço!
Já chega dessa história de time envelhecido, jogando por camaradagem ou amizade com esse ou aquele cartola. O futebol tem nos dado mostras cada vez mais clara de que a renovação passa a ser protagonista nesse novo momento que vive o futebol nacional, e, por isso, o Águia tem que se inserir nesse meio, pois nas duas últimas copas do Brasil não passou sequer por times medíocres; nas duas últimas edições da Série C, apenas lutou para escapar do rebaixamento, sendo que nessa última tinha chance, remota, passar da primeira fase, e por incompetência própria não obteve êxito.
Se o Águia tivesse utilizado apenas os salários dos jogadores ‘bichados’ que o time contratou, entre eles: Flamel, Fábio Oliveira e outros, a agremiação teria montado a base: Diga-se Sub-17 e Sub-20, que é o que o time realmente precisa para começar a revelar seus próprios jogadores, uma vez que escolinha e 8 a 14, sem uma verticalização competente não garante a formação de um talento.
Se algum cartola aguiano acha que os jogadores vindos de outras regiões fizeram corpo mole, esse cartola está assinando termo de burrice, porque além de ser ele quem contrata os caras, ele tem muita chance de valorizar a prata da casa, assim como foi feito na melhor campanha do Águia, nos anos de 2008/2009, quando o time aguiano chegou a ter 16 atletas locais o grupo, e foi campeão de um turno com dois gols de prata da casa, além de vendido atleta local ao Flamengo (RJ), numa ponte via time pequeno do Rio.
Sobre esse suposto corpo mole de alguns jogadores aguianos eu não acredito, até porque todos eles sabem o que acontece com quem se atreve a ir de encontro às opiniões do comando azulino, mas se o volante Marcel discutiu com o auxiliar técnico Edilson, o culpado pelo corpo mole é de quem o escalou para jogar, e de quem o contratou até porque ele é um jogadorzinho tão limitado, que desse nível, o parque São Jorge, no bairro Liberdade, está lotado.
Quero abrir espaço para pontuar algumas situações:
1 – Rayro, Flamel e Charles, que eram titulares absolutos no Águia, abandonaram o time às vésperas de uma Série C, para disputar uma segundinha do Parazão, sob pretexto de ganhar melhor e ter melhor estrutura. Diferente do que acontece com os prata da casa, os três foram recontratados e posam de ídolos;
2 - Robert Maykinho que é o artilheiro do time, insiste em provar sua capacidade, e os caras insistem em mantê-lo fora da equipe titular;
3 – O volante Chicão, filho de Marabá e considerado um atleta exemplar e vitorioso em Remo, Vitória (BA), Ceará (CE), Fortaleza (CE) e outros times realmente de peso nacionalmente, não ficou no Águia por causa de uma mixaria a mais. Em contrapartida, o time azulino contratou o volante Daniel, e quem contratou merecia uma ‘pisa’, como dizia meu falecido pai, porque o cara é ruim, e quem o contratou prova que não entende muita coisa de futebol.
O goleiro Jair, diante do Santa Cruz (que foi campeão da Série C) foi taxado de: herói, homem de caráter, exemplo de jogador, atleta em extinção e outros adjetivos; após o Águia vencer por 1 a 0, em jogo que o arqueiro brilhou, mesmo tendo tido sua filha morta, durante um parto, na madrugada do dia do jogo. Agora o cara tá sendo acusado de fazer corpo mole. Como dizia Miguel Casseb: ‘pode uma coisa dessa, Gilziney”.
Já estou cansado de tanta mentira junta; árbitros, federação, CBF, adversários, imprensa, torcida, ou seja: todo mundo, até Deus, já foi acusado de prejudicar o Águia em fase decisiva. Uma vez ouvi um dirigente dizer que “Deus não quis que nosso time ganhasse esse jogo.”
Amigos, a única maneira de corrigirmos um erro é reconhecermos que o cometemos, essa é a forma ideal para começarmos uma necessária mudança; e no Águia, a necessidade de mudança urge.
Ah, em tempo: escrevo essas verdades (na minha opinião) mesmo correndo o risco de ver meu nome ser execrado publicamente por quem se sentir ofendido. (Bira Ramos é Radialista, blogger e Presidente do Camisa 10)