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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Os 7 erros do Águia

ARTIGO
O jogo dos Sete erros................................Bira Ramos
Comentei no início deste Campeonato Paraense, que os cartões infantis e consecutivos recebidos por Rayro e alguns companheiros poderia prejudicar o Águia na fase final. Pois bem: no primeiro jogo da final, que Rayro não jogou porque estava mais uma vez suspenso (a segundo apenas no primeiro turno), deixou um vazio (que já existe com ele em campo e piorou sem ele) pelo setor esquerdo da defesa aguiana. Este foi o primeiro erro.
Ao invés de João Galvão manter o esquema 4-4-2 dos últimos nove jogos, optou pelo 3-5-2, e deu no que deu. Este foi o segundo erro.
Sem jogar há um ano, Bernardo (que vejo como bom zagueiro) estava visivelmente sem ritmo de jogo, e demonstrou isso em vários lances. Esse foi o terceiro erro.
Manter em campo o atacante Valdanes, que nos últimos três jogos caiu muito de produção; sendo que especialmente neste último foi péssimo tendo feito apenas o gol, numa sobra de escanteio. Esse foi o quarto erro.
Tirar o atacante Branco logo no início, o único homem de área da equipe, que facilitou o trabalho da defesa anfitriã, dando chances para os zagueiros e o volante Ricardo Capanema subirem, uma vez que tinha o Wando (que jogou bem novamente) e Valdanes atuando pelas pontas, esse foi o quinto erro.
Voltar em busca da vitória no segundo tempo (conforme declaração de Valdanes ao microfone na TV Cultura: “vamos continuar tocando a bola e tentar fazer o gol da vitória”, quando um empate já era considerado uma vitória, até porque a decisão seria em casa. Esse foi o sexto erro.
Levar um gol logo no minuto inicial de jogo, como já havia acontecido contra o Independente dentro do Zinho Oliveira, mesmo tendo em campo tantos jogadores experientes. Esse foi o sétimo erro.
Nada. Repito; nada está perdido, reconheço que é muito difícil, mas não impossível o Águia reverter esse panorama desfavorável e conseguir o resultado que lhe é favorável.
É muito difícil porque o time que o Águia vai enfrentar não é o sonolento Clube do Remo, que já chegou em Marabá pensando que estava classificado, e achando que nome ainda ganhava jogo. Ledo engano, perdeu e ficou fora.
Acho difícil porque o time do treinador Cacaio é bem montado. Tem um meio de campo muito bom e experiente com: Ricardo Capanema, Paulo de Tarso, Ratinho e Soares. Ora, se apenas o Gian, conseguiu ‘cozinhar’ o jogo contra o Águia, imaginem esse quarteto.
Acho difícil porque, assim como o Águia o outro time também é interiorano, e entre esta, como a chance de ouro de sua história. Até porque já vem de derrotas em duas finais de turno seguidas.
Porém;
Nada está perdido, até porque, os resultados das duas semifinais: Cametá revertendo três gols diante do ascendente time da Tuna; e o próprio Águia revertendo dois gols contra o Remo, situação insonhável há uma década atrás, dão a deixa que o time aguiano precisa para continuar acreditando.
Acredito porque João Galvão é um treinador ‘meio doido’ e sempre cria alguma surpresa, e já pode estar preparando alguma para este jogo que vai testar toda sua capacidade como treinador de futebol.
Acredito porque a torcida de Marabá, em que pese ainda não ser fanática, costuma pressionar o adversário dentro do Zinho Oliveira.
Acredito porque no jogo final de turno o Águia fez dois gols contra o Paysandu, e foi campeão (2008); e fez dois contra o Remo, e foi campeão (2010); e todas as possibilidades de fazer três gols contra o Cametá e ser campeão (2012).
Apenas um adendo: Time que quer ser campeão não pode levar oito gols em dois jogos fora de casa, ou a defesa está muito ruim; ou o goleiro está levando gols defensáveis; ou está havendo soberba fora de casa, quando a lógica recomenda cautela e respeito no campo inimigo. Boa sorte Águia. Vamos precisar, e de muita.