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terça-feira, 21 de junho de 2011

Jobson é julgado

Após 8 horas, julgamento de Jobson
termina sem decisão da CAS
A audiência do atacante Jobson, 23, acabou no início da tarde desta terça-feira (horário de Brasília), mas o resultado sobre o seu caso de doping por cocaína em dois jogos no final do Campeonato Brasileiro de 2009 será anunciado pelos auditores da CAS (Corte Arbitral do Esporte), na cidade suíça de Lausanne, em até 60 dias.
Jobson, em treino do Bahia em Águas de Lindoia (SP), antes do início do Campeonato Brasileiro
A informação é da assessoria de comunicação do Bahia, clube atual do jogador, que é vice-artilheiro do Nacional deste ano, com três gols em cinco rodadas. A sessão durou oito horas.
Procurado pela Folha em busca de mais detalhes, o tribunal informou que, em virtude do horário já avançado no local, só vai se pronunciar oficialmente nesta quarta -dia em que Jobson retorna ao Brasil para se reincorporar ao elenco do time baiano. No sábado, ele estará em campo na partida contra o Atlético-PR, em Curitiba, pelo Campeonato Brasileiro.
O atleta poderá continuar atuando normalmente enquanto o resultado não sair.
Ainda segundo o Bahia, não só Jobson como os quatro advogados (Carlos Portinho, Marcos Mota, Bichara Abdão Neto e Anibal Segundo) que o acompanharam deixaram a corte otimistas. O último é do Botafogo, dono dos direitos federativos do atacante.
Todos os contatos da comitiva caem na caixa postal.
Os cariocas também enviaram a psicóloga (Maíra Ruas) e o médico-chefe (Luiz Fernando Menezes) do clube.
RISCOS - A audiência, em última instância, pode até banir o jogador do futebol.
Ela aconteceu porque a Wada (Agência Mundial Antidoping) não aceitou a redução da pena de Jobson de dois anos para seis meses, nos tribunais do Brasil, em 2010. Caso os auditores entendam ter havido reincidência, já que a substância foi encontrada em duas partidas há pouco menos de dois anos --pelo Botafogo, contra Coritiba e Palmeiras--, Jobson corre o risco de ser afastado definitivamente do esporte.
A defesa do jogador, porém, diz que a punição máxima seria de mais um ano e meio de suspensão.
Durante julgamento no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), no Rio, Jobson admitiu ter usado crack.
Como jurisprudência, a defesa do jogador citou o resultado da audiência com um atleta francês, julgado em 2005. Por ter 17 anos na época, seu nome não foi revelado, mas o caso seria idêntico. "Levaram em conta a questão da pouca experiência, pois, para a Fifa, a idade de formação do jogador é de 16 a 21 anos [quanto Jobson tinha quando seu exame acusou a sustância]. Pegou seis meses", relatou. (NELSON BARROS NETO (DE SÃO PAULO) 
Atacante Jobson, durante julgamento Foto:Daniel Marenco/Folhapress