Águia cansa e perde, de virada, para Paysandu
Em dois tempos distintos, Paysandu e Águia de Marabá protagonizaram um jogo cheio de oportunidades, porém, fraco tecnicamente. Mesmo jogando muito mal, o Paysandu conseguiu sair com a vitória por 2 a 1, com o gol ao final do jogo, levando os pouco mais de três mil torcedores que estavam presentes no Magueirão à loucura.
Na primeira etapa, os principais destaques vieram por cima. O primeiro foi a forte chuva que caiu minutos antes do início da peleja e que perdurou por todo o primeiro tempo. Em seguida, veio o grande volume do jogo do time marabaense, que jogou de forma mais inteligente em um campo encharcado, explorando as bolas alçadas na área. Tanto que foi em um lance de linha de fundo que os visitantes saíram na frente com o atacante Branco, de cabeça, aos 17. E o terceiro destaque também foi por cima. Yago Pikachu cobrou falta direto para o gol, Adriano Magrão fez a parede e a bola acabou morrendo no fundo do barbante sem tocar em ninguém, aos 33.
Até que a chuva deu uma parada no intervalo, só que, quando iniciou a etapa complementar, ela voltou com mais força, prejudicando ainda mais o enlameado gramado do Olímpico do Pará. Desta forma, o jogo por baixo ficou impraticável, assim, com maior vigor físico e experiência, o Azulão dominou ações do jogo como se estivesse jogando no Zinho de Oliveira e pressionou o Paysandu intensamente. Se não fosse o goleiro bicolor Paulo Rafael realizar duas dificílimas defesas, o time de João Galvão retornaria para casa com os três pontos.
Entretanto, nem sempre o futebol é justo. Apático em boa parte do segundo tempo e sem conseguir dar continuidade em um lance ofensivo nos pés do volante Neto, em um golaço aos 41, o Papão virou a partida colocando um belo sorriso nos poucos apreensivos bicolores que compareceram ao estádio e colocando o Paysandu no G-4 do returno.
Faremos tudo que seu mestre mandar!
Diferente das ultimas duas partidas que o Papão venceu seus adversários jogando um futebol amistoso, o meio campo bicolor ficou aquém do esperado e acabou recebendo duras críticas da imprensa e torcedores. Mas, para o técnico Lecheva, o principal culpado por o seu time não desenvolver o futebol esperado por todos foram as péssimas condições que o gramado do estádio Mangueirão apresentou durante o jogo devido a forte chuva de ontem à tarde.
Porém, Lecheva reconheceu que o seu time não esteve em tarde inspirada, acarretando no grande volume de jogo dos marabaenses, principalmente na etapa complementar. “A minha equipe começou um pouquinho sonolenta, dando muito espaço, enquanto o campo reunia um pouco das condições de se tocar”. “Não foi um jogo excelente de ambas as equipes, mas valeu o espírito de luta e a vitória”, ponderou.
Segundo Lecheva, o Paysandu passou por uma equipe em que sempre encontra grandes dificuldades de jogar nos últimos anos. “A gente já vem se enfrentando e fazendo jogos realmente difíceis. O Águia é uma forte equipe e está há um bom tempo na Série C, sem desrespeitar a força e tradição do Remo”, completou, sem esquecer o rival.
Agora, para o Re-Pa da próxima rodada, Lecheva dará uma folga para os atletas hoje. A turma se reapresenta na terça-feira quando começa a preparação para o importante clássico. “Outro jogo difícil, outra decisão. Temos a semana para trabalhar. Agora é corrigir os defeitos que tivemos nesta partida”, concluiu.
Um empate já tava de bom tamanho.
Depois de dominar praticamente todo o jogo, o sentimento de frustração tomou conta dos jogadores e da comissão técnica do Águia de Marabá no inicio da noite de ontem, no Mangueirão. Os aguianos saíram na frente aos 17 minutos, com o gol de Branco, e tiveram oportunidade de ampliar, maior posse de bola, porém, pecaram na eficiência.
“Muitas vezes, é melhor não dominar o jogo e sair ganhando. Era o que queríamos hoje (ontem), mas só tivemos o domínio e faltou a vitória. Temos que avaliar por que estamos errando tanto nessas horas”, acredita o lateral Léo Rosa.
O técnico João Galvão compartilhou a opinião do lateral. “Não tem explicação, mas o futebol é apaixonante por isso. Eu preferia trocar cada passe de bola, ter jogado menos e ter saído com a vitória. Foi injusto. Acho que torcedor e imprensa paraense são inteligentes para ver isso. No mínimo um empate seria o mais justo”, analisou. (Diário do Pará)